2.7.15

Quero encostar a cabeça no teu ombro



 e sentir que é o primeiro dia do resto da nossa vida, que me pegues ao colo como naqueles momentos de tanta excitação em que sabíamos que tudo era possível e me leves para onde quiseres, não quero esta meia indiferença de quem passados sete anos já está farto.
Já aposto comigo mesma a ver se acerto em qual de nós dirá a última palavra ou quando é que ela será dita, qual de nós é mais cobarde, ou terá mais poder de encaixe, qual de nós? afinal onde está o erro, o que aconteceu, ou foi tudo momentâneo e foi-se esfarelando sem darmos por isso.
E agora a vida de fácil não tem nada, mal há dinheiro para pagar a casa quanto mais duas, assim vivemos uma condenação, estamos presos numa maldita casa, seis ou sete paredes de cimento e tijolo, uma cama e um fogão, mas quero encostar a cabeça no teu ombro e pensar que é possível sentir que é o primeiro dia do resto da nossa vida
Qual de nós é mais cobarde, ou terá mais poder de encaixe, qual de nós? irá usar os filhos como argumento para ficar, ou arranjará um terceiro para tudo ficar resolvido
Faço apostas comigo mesma


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