tio da Isabel, o vime que eu
tanto queria, um tronco aí de uns 40 cm. O vime tem os troncos lançados ao
alto, não faz parte dos chorões.
Enterre dois terços do tronco, disse ele quando parti,
faça como lhe digo, repetiu ao ver a minha cara de espanto. Ia ficar com uma
árvore com 10 a 15 cm de altura.
Foi, por mero acaso, plantada no ano dois mil juntamente
com o nascimento do euro. Podei, entrancei três e quatro dos ramos mais fortes,
que ao engrossarem transformaram-se num único. Repeti o entrançado durante uns
três anos. Cresceu forte e lindo o vime. Ainda o podei de escadote, mais tarde
de escada, mas há muito que não é podado e os ramos estão altíssimos e todos os
anos crescem mais. Árvore frondosa, belíssima.
A meio desta da Primavera houve um vento forte, nada que
por aqui assustasse costumam ser bem mais fortes, e na manhã seguinte quando
abri a janela pareceu-me que lhe faltava um dos ramos. À tardinha lembrei-me e
fui ver o que teria acontecido. O meu vime partiu-se em três. Dois troncos
grossos daqueles que tinha entrançado com tanto cuidado partiram e estavam,
estão no chão, vivos, agarrados ao tronco central, mas no chão, o FMI e a UE.
De pé, como se fosse um estandarte está o ramo mais pobre, mais fraco, menos
bonito, é a minha Grécia.
A cada um o seu mito. O meu é rústico.
No comments:
Post a Comment