É tempo de ver corpos estendidos no areal, chapéus-de-sol
abertos, espreguiçando-se. Abranda-se o ritmo, a respiração é mais compassada,
o sol começa a absorver o stress e a dourar a pele. É com esforço que se
levantam para se refrescarem.
Ela também está estendida, é Setembro e não tem outros ao
lado e se existem estão longe, sente também o sol, abranda o ritmo, estranha a
quietude, a calma, O silêncio seria perfeito não fosse o marulhar da água e as
buzinas ao longe. É com o mesmo esforço que se levanta para ir mergulhar.
A seguir à entrada na água, nada para um pouco mais longe
para poder boiar, o que acha redentor, por ser um silêncio sem silêncio que a
comove, faz as lágrimas chegarem-lhe aos olhos, sentir saudades desconhecidas e
que a leva ao som idêntico, ou parecido do líquido primordial e se fizer um
pouco de esforço, só um pouco, para se concentrar naquele silêncio sem
silêncio, a paz instala-se com o mesmo à vontade com que o fazia antes dos
gritos, das agressões e humilhações, antes da violência, da raiva e ódios, antes
das mágoas sem retorno, das lágrimas e desespero, antes do amor.
6 comments:
Lamentável! Só agora reparei nas férias.
Que elas sejam bem passadas, são os meus votos.
Obrigada, Observador.
Estão-no a ser.
o "silêncio sem silêncio", é isso!
boas férias, ainda sendo?!
Também sabes o que é. :)
Partes de férias, outras que o não são.
Gosto muito do teu blog
oh! isso é muita generosidade. :)
Não, não é generosidade. É o que penso e gosto de dizer o que penso :)
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