Todos estes migrantes, mortos e sobreviventes, toda esta dor e terror, toda esta vergonha de uma União Europeia que se recusa em recebê-los, lembra-me o navio St. Louis, o navio da vergonha, que zarpa de Hamburgo em 1939, cujo capitão alemão Gustav Schröder, leva a bordo uns dizem 937 outros 1.125 judeus, com destino a Cuba que recusa deixar aportar o navio. Seguem-se os Estados Unidos, vários países da América do Sul e Canadá. Ninguém os quer receber, migrantes daquela época.
O capitão que tivera a lucidez de não procurar os portos
europeus, talvez sabendo o que Hitler se propunha fazer, volta para trás e
consegue que VÁRIOS países da Europa os recebam, países esses que foram
invadidos, com excepção de Inglaterra.
Eram apenas cerca de mil e tiveram de ser distribuídos.
Esta nova recusa não augura nada de bom.