20.11.15

Charlie Hebdo



Já corre pelas redes sociais a última capa do Charlie Hebdo.
Sou assinante desde os anos noventa, quando o meu pai morreu prematuramente, do Charlie Hebdo. Ele era assinante desde os anos sessenta. Relíquias que guardo com imensa ‘devoção’.
Quando soube deste atentado em Paris, achei que o facto de todos terem criticado o Charlie Hebdo quando foi vítima do terrorismo, tinha minimizado os riscos que os franceses, nomeadamente, corriam. Mesmo o estado Francês não deu a devida importância a todos os franceses e europeus que têm ido e vindo de campos de treino na Síria. Não, o ataque terrorista não fora apenas ao jornal e ainda menos ‘porque eles ofenderam ou porque não têm respeito’.
A capa desta semana não vai incendiar mais os terroristas, como para aí se diz, para isso basta a guerra que a França está a desenvolver contra o DAESH.
Quem critica o Charlie Hebdo por ofensas e por mau jornalismo não conhece este jornal nem sabe do seu percurso.
É um jornal que se pautua pela critica mordaz e humorística e tem sim senhor imensa graça. Diz mal de todos e então se querem falar de ofensas, vamos a elas: ofendem os católicos, os protestantes, os judeus, os muçulmanos, o Papa, Cristo Maomé e Jeová, os heterossexuais, os gay, as lésbicas, o estado francês, os actores políticos, os escritores, os actores e actrizes, e etc.
Terá algum sentido falar de ofensa? Quando o António, cartoonista português, pôs um preservativo no nariz do Papa, alguém se lembrou de dizer que ele estava a ofender os católicos? Ah, sim, alguns facciosos que não têm nenhum sentido de humor e nem sabem o que é a mordacidade.
Poupem-me nas críticas ao Charlie Hebdo. Agradecia imenso.


4 comments:

Luis said...

Mas olha que me apetecia muito! :) mas pronto poupo-te

e psst: ;)
quando o meu pau morreu prematuramente, do Charlie Hebdo

inconfessável said...

Muito obrigada. Já corrigi. O corretor sabe que os paus também morrem.
Lindo menino!

Luis said...

Sou um menino bem comportado, mas custa :) E como tenho uma cena com as virgulas, eu não gosto delas e elas de mim, não as leio. Portanto morreu do Charlie Hebdo, o que me tira a necessidade de criticar

inconfessável said...

tenho de te explicar tudo. Morreu a rir